Olá, estamos retornando às atividades de leitura e escrita de textos filosóficos/literários/sociológicos/e psicológicos. sejam bem-vindos.

Sutilezas. Elegância. Onipotência.

(Des) crevo
(Du) plico
(Re) plico
Na dobra
A lavra
Da
Língua
Que soa
Que sua
Nas
Sendas
Caminhos
De
Rua
Nua
A
Língua
Se
Enrola
Embroma
No
Branco
De espumas
Ganganta
Embebida
De vida
Divida!
Possibilidades
Histórias
Ao
Leo
Carrossel
De
Emoções
Mas: Intra (du) zível
Nem
Em letras
Presumível
Eu.

Por: Lúcia Galeti 02/03/2012

Semântico romântico

Novamente as palavras me enviesam

Me alinhavo com mãos que se derramam em suor
Cujo aroma colore o tecido desse texto
Sem textura,
Cismo o precário de um algo que insiste
Traço linhas, sintaxes
Faço combinações
Sem sentido ou sem rumo
Viajo
Abro a porta do voo
Sem horizonte
Rarefeito
Satisfaço-me com meu defeito
Genuíno de suspeitar
O improvável
Destino meu tempo
Ao vento que me tem com
Asas arqueadas de leveza e potência
Chuleio as rebarbas do sentir
Com agudas agulhas  de uma crase
Que não funde
Antes me confunde com o meio
Em que  o desejo se transubstancia
Em comunhão
Paixão
Pão e vinho

No líquido das emoções!

Lúcia  Akir Shalom

12/02

Compaixão

Para ter compaixão é necessário um espaço de separação. Nesse sentido separar é uma atitude amorosaque nos propicia a solidão como momento privilegiado para a reflexão a partir do qual podemos olhar para frente e confeccionarmos o novo e, assim, efetivamente, fazermos a renovação íntima.

abraço
Lucinha Akir Shalom

Tipo e tipo assim: a síndrome de Tatty

Recentemente li uma crônica do escritor paranaense Valêncio Xavier intitulada Língua brasileira inculta e feia, publicada na revista bimestral Viva Gourmet.
Nesta crônica Xavier tece ironias, por assim dizer, à língua falada de nosso país. Entre as pérolas que aponta está a pronúcia do 'nós' em que, frequentemente, tipo pronunciamos 'nóis'. Ou ainda tipo assim a troca do 'j' por 'z'. Segundo o autor, tipo usada pelos narradores de jogos de futebol: ' o zogador zogou a bola no zuiz'. Simples ocorrência de prosódia no primeiro caso e de trocas de fricativas por sibilantes no segundo. Mas, tipo não basta só diagnosticar, tipo assim é preciso ir além e interferir. Então se pronunciamos fricativas por sibilantes não é de nos assustarmos que, tipo assim ,como direi, tipo os 'adevogados' da língua tipo queiram colocar os pingos nos i (s). Ih, aí i não tem 'pingo', tipo me danei.
Mas nem tudo esteve perdido.
No dia seguinte levei a crônica tipo para ler para meus alunos do 2º ano do ensino médio para que eles tipo assim pudessem ter uma noção das questões de prosódia na língua.
Lá pelas tantas, quando a leitura já ía avançada tipo assim pra mais da metade, fui interrompida por uma aluna de nome Polyanna, com dois enes como ela tipo mesmo gosta de frisar que me deu a explicação completíssima da tipo assim 'expressão idiomática'. Disse:
"Professora tipo nem se ligue que isso não dá nad,a tipo assim a questão da minha língua por exemplo é de piercing (sic) e quando a galera fala nessas paradas de siminário (sic) as palavras tipo e tipo assim significam: tipo _ um tempo curto na fala. Tipo assim, um tempo maior ou se trata de uma explicação, tá ligada?
Depois da explicação tipo, confesso que fiquei mais aliviada.
Estas expressões tipo assim nada mais são do que alguns sinais de pontuação verbalizados ou escritos por extenso. explico: tipo = vírgula. Tipo assim= ponto e vírgula ou vírgula ou vírgula dobrada= intervalo, aposto.
Isto posto, nada mais havendo a relatar fiquei, tipo assim, ligadíssima. Digeri a explicação e descobri que sou uma grã-gourmet da viva língua brasileira, ainda que inculta e feia.
Só!! E aí?! E você, tá ligado!?
Até que tem suas compensações ser uma professora 'do tipo'!

Por Lúcia Galeti Shalom.

Miragem

Close.
Mire
Miroslav...
No banco.

Não foi desta vez que Klose superou Ronaldo O Fenômeno... rsrsrsrsrrs

Abraço
Shalom
Lúcia

Eu conto

Eu conto. Tu contas. Ele conta. E é nesse ponto que nossa história se encontra. No encontro dos pontos o conto se encanta e alcança a trama. Enrola. Desenrola. Aflora.
A história se tece. Se entretece. Magia no balanço do som embalada na rede das palavras. Lavra de sensação, intuição, por vezes, até, perdição, por que não?! Contando um conto, aumentamos um ponto. Damos um ponto sem nó em nossa fantasia. Desatamos os nós de nossa dureza adulta e nos conduzimos de novo à leveza da alegria. Para nossa criança adormecida, eu conto. Tu contas. Eles contam. Contemos então, a história nossa, abençoada, de cada e de todos os dias.

Shalom
Por Lúcia Galeti